No Brasil e no mundo, as mudanças climáticas são evidentes. Por isso, e pensando em possibilidades que garantam um futuro benéfico para a natureza, projetos sustentáveis ganham força. É nesse cenário que os jardins de chuva viraram tendência nos mais diversos países. Como parte de uma estratégia chamada infraestrutura verde, a ideia é transformar, com soluções baseadas no meio ambiente, como projetamos nossas cidades e nossos condomínios.
Mas, afinal, o que é um jardim de chuva? Ao longo do texto, compartilhamos como funcionam esses sistemas e quais são os seus principais benefícios. Em nosso empreendimento, o Estrela do Lago, trabalhamos para respeitar o ciclo da água desde quando ela cai no solo. Confira.
A definição dos jardins de chuva
Natural ou criado por um projeto de engenharia, o jardim de chuva é uma depressão do terreno. Com ele, em chuvas fortes, é possível recolher, por exemplo, os fluxos de água superficial de telhados, calçadas e outras superfícies impermeáveis ou semipermeáveis. Como resultado, o sistema viabiliza uma descarga de água dentro de uma rede de drenagem estruturada abaixo do solo.
O principal impacto do sistema está no ciclo hidrológico: um jardim recebe a chuva diretamente e irriga suas plantas. Ao mesmo tempo, a água evapora. Assim retorna uma parte da água para o ar, e outra parte é infiltrada no solo.
Pelos jardins de chuva, o intuito é mudar o olhar sobre como projetamos a drenagem da água. Assim começa uma revolução: repensar o modo como vemos e tratamos a água da chuva, mudando a ideia de que ela é suja e deve ser imediatamente descartada. Essa água pode cair e ser usada no jardim para irrigação. E esse é só um exemplo! Existe um conjunto de práticas com as quais não estamos acostumados e que podem melhorar nossa rotina. Mas, sem dúvida, utilizar os jardins é uma ótima parceria.
Além disso, o termo remete ao esquema de estrato biológico. Isso porque os jardins de chuva são muito úteis para filtrar substâncias poluentes, pesticidas e fertilizantes que são levados pelo escoamento da água. Como visto, eles recebem a chuva diretamente e irrigam suas plantas em um processo natural. Em uma pequena disposição, restauramos a jornada hidrológica, purificando a água, e ainda melhoramos a qualidade do ar, amenizando a temperatura.
Pelo mundo
Há dez anos, a Filadélfia, cidade mais populosa do estado norte-americano da Pensilvânia, iniciou um projeto-piloto com jardins de chuva. O estudo comprovou que a estrutura verde é mais barata que a que chamamos de cinza, melhora a qualidade do ar e promove um estilo de vida mais tranquilo e saudável para as pessoas. Com o tempo, a prática conquistou os Estados Unidos como um todo.
Em Nova Iorque, em 2017, o governo liberou um incentivo fiscal para que cada pessoa pudesse investir em um jardim de chuva. Os indicadores de estrutura verde aumentaram muito, valorizando, inclusive, os bairros da cidade. Com uma viagem à Europa, a Alemanha é um país também forte no assunto. Por lá, as conhecidas paisagens funcionais são sinônimos de práticas que envolvem estratégias como os jardins de chuva.
Aqui, no Brasil, a principal referência é a cidade de São Paulo. Em parceria com a prefeitura, os jardins filtrantes estão ganhando as ruas de diversos bairros, que já estão sendo vistos como áreas mais verdes e notados pela restauração do solo, tornando-o permeável.
No Estrela do Lago
Os jardins de chuva do Estrela do Lago, empreendimento da Estrela Urbanismo, estão projetados nos lotes, nas ruas e no clube. Tudo para garantir que a água chegue revitalizada até a nossa praia. Beatriz Codas, responsável pelo projeto de engenharia e diretora da GEASA, explica que, no espaço, o ciclo da água é completo, sendo necessário apenas cuidar para que ele aconteça naturalmente.
Nos jardins de chuva, a água é armazenada e filtrada, fazendo com que o impacto no rio seja nulo, como se o jardim diminuísse o fluxo da água e ainda a limpasse, “recolhendo” a sujeira. Para que esse processo aconteça da melhor forma possível, cada casa do Estrela do Lago terá o seu próprio jardim. Por aqui, todos contam com plantas nativas da região. Consequentemente, são espécies já acostumadas ao clima juiz-forano da Zona da Mata mineira.
Beatriz destaca, ainda, que, diferentemente das cidades em que os jardins de chuva são adaptados em cima de outros sistemas, no Estrela do Lago, eles começam do zero. O empreendimento foi calculado e estruturado para recebê-los, e esses fatores colaboram, ainda mais, para um ciclo natural. As plantas são irrigadas pela chuva e realizam o trabalho sem demandar cuidados fixos e específicos.
Nas ruas, há diferentes tamanhos e modelos de jardins de chuva, que captam e limpam a água: um verdadeiro corredor verde de biodiversidade foi constituído para isso. O resultado é uma passagem com temperatura mais amena e uma água tratada para a praia. Finalmente, a proposta é que você viva a experiência de ser abraçado pela natureza todos os dias, sempre em harmonia com os tão valiosos recursos naturais encontrados em nosso espaço.
Em um novo conceito de moradia, a vegetação nativa, o ar puro, a água fresca e a melhor tecnologia de autossuficiência são parte da rotina. Vamos, então, viver em sintonia? Acompanhe nossas redes sociais e fique por dentro de tudo o que acontece em nossa revolução verde.